sexta-feira, 26 de junho de 2015

A importância do teste do pezinho para proteger seu bebê

A realização do teste do pezinho é obrigatória e assegurada por lei desde 1992. Em 2001, o Ministério da Saúde criou o Programa Nacional de Triagem Neonatal, que garante que o exame seja realizado em todo o Brasil pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Desde 2013, alguns estados passaram a contar com a versão ampliada do teste, que detecta seis doenças ao invés de quatro.

Como é feito o exame

"Com a retirada de algumas gotas de sangue do calcanhar do recém-nascido", explica a neonatologista Edinéia Vaciloto Lima, do Hospital Pro Matre Paulista, em São Paulo. Esse local é cheio de vasos sanguíneos, o que facilita a coleta. É importante que o teste do pezinho seja feito entre dois e cinco dias após o nascimento, quando o bebê já está recebendo leite e antes de ter alta do hospital.

Doenças detectáveis

Em sua versão básica, garantida pelo SUS, o teste do pezinho diagnostica quatro patologias metabólicas e genéticas: a Fenilcetonúria, o Hipotireoidismo Congênito, a Anemia Falciforme (e demais doenças do sangue) e a Fibrose Cística.
Em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo, Goiás e Santa Catarina o exame passou a identificar, desde maio de 2013, mais duas doenças: a Deficiência de Biotinidase e a Hiperplasia Adrenal Congênita (HAC). A meta do governo era que, até o primeiro semestre de 2014, todos os Estados tivessem acesso à versão ampliada do procedimento, mas isso ainda não é uma realidade.
Nos hospitais particulares, o cenário é outro
: algumas instituições oferecem o tipo avançado do teste, capaz de diagnosticar cerca de 50 enfermidades. "Entre elas estão a deficiência de acil-CoA desidrogenase da cadeia média (MCAD), que pode levar à morte caso a criança seja mantida em jejum por poucas horas, como ao dormir; e a doença de Pompe, um raro transtorno neuromuscular, para a qual já existe terapia de reposição enzimática, mas que, se não tratada, leva à morte por falência cardiorrespiratória", esclarece o médico geneticista clínico Gustavo Guida, do Sérgio Franco Medicina Diagnóstica, no Rio de Janeiro.

[mdemulher.abril]

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