quarta-feira, 12 de março de 2014

Chegada do irmão


Uma verdadeira revolução acontece com a chegada do irmãozinho. Se antes o mais velho dominava o pedaço e era o centro das atenções, agora vai precisar compartilhar seus domínios e dividir tudo com o mais novo, inclusive o amor da mãe e do pai. Assim, é normal que, cedo ou tarde, ocorram brigas e explosões de ciúme. Mas a tendência natural é entrarem em entendimento. “É um aprendizado, sem dúvida, e começa em casa”, afirma Ana Merzel Kernkraut, coordenadora do serviço de psicologia do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
Por sinal, aprender é algo constante na relação entre os irmãos. Afinal, mesmo sem perceber, eles estão o tempo inteiro trocando lições. O primeiro filho já tem conhecimento acumulado, uma vivência maior que pode passar

para o outro. O mais novo, por sua vez, vem mostrar novos limites para o mais velho, ensiná-lo que o espaço pode ser dividido. Nessa convivência, os dois vão descobrir que podem aproveitar (e muito) a vida juntos.
Para os pais, a principal recomendação é tomar cuidado para não tratar as crianças de modo diferenciado. Segundo a psicóloga Ana Kernkraut, devem ser evitadas frases como “Você é o mais velho, tem que entender” e “Ele é caçula, não compreende”. É necessário respeitar o espaço, mediar, mas sempre lidar com todos de modo semelhante. “Como membros da mesma família”, conclui a especialista.

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