quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O que colocar e o que não colocar no prato durante a gestação

A gravidez é um período que exige mil e um cuidados com a saúde da futura mãe e do bebê. Dentre eles, vários têm a ver com a alimentação da mulher. Primeiramente porque ela precisa estar saudável para encarar os nove meses bem e depois porque tudo o que ingere, de alguma forma, impacta no desenvolvimento da criança. 
Veja o que os especialistas indicam incluir nas refeições e o que evitar ou eliminar:

Consumo indicado



Carnes vermelhas e carnes brancas: patinho, lagarto, sardinha, dentre outras carnes consideradas magras, são importantes para garantir que não falte ferro no organismo da gestante. Ele é essencial para evitar que a mulher desenvolva anemia depois do nascimento do bebê, já que ela perde muito sangue durante o parto. Thaís Ibitinga, nutricionista da Santa Casa de São Paulo, afirma que o nutriente também é essencial porque atua na formação dos músculos e das células sanguíneas do bebê.






Leite e derivados: fornecem cálcio, nutriente que a mulher perde durante a gestação para garantir a formação dos ossos e dos músculos do filho. "É possível escolher entre o leite desnatado e o integral e consumir alimentos como queijos brancos, tofu e outros derivados de soja enriquecidos pela indústria com cálcio", diz a ginecologista e obstetra Karen Abrão.




Folhas verde-escuro: espinafre, escarola e rúcula, por exemplo, não só abastecem o organismo com ferro, como também ajudam na reserva de ácido fólico, item importantíssimo para impedir que o bebê desenvolva defeitos de formação no sistema nervoso. "Além da alimentação, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que as gestantes tomem doses suplementares desse componente, em cápsulas, mas tê-lo no prato é válido também", diz a ginecologista e obstetra Karen Abrão. "Verduras, tal como os legumes, ainda são ricas em fibras, o que ajuda o trânsito intestinal, já que gestantes têm mais chances de apresentar constipação", diz Viviane Laudelino Vieira, nutricionista da USP.




Frutas: ricas em vitaminas e minerais, ajudam a manter o equilíbrio metabólico e são integrantes importantes para diversos processos biológicos que fazem a manutenção celular do corpo da mulher. "O ideal é que a grávida coma três frutas diferentes por dia, pois cada uma é rica em determinadas vitaminas", diz a ginecologista Karen Abrão. "A laranja, por exemplo, tem vitamina C, que ajuda o organismo a absorver melhor o ferro proveniente de outras fontes", afirma a nutricionista Viviane Laudelino Vieira. Um cuidado importante a ser tomado por conta do consumo de frutas é com a higienização. 


Água: de acordo com a ginecologista e obstetra Karen Abrão, quando grávida, a mulher corre o risco de desidratar facilmente assim como idosos e crianças. Por isso, precisa beber água com frequência, mesmo que não sinta sede. No mais, nesse período, o corpo feminino passa a precisar muito de líquidos para abastecer novos processos do organismo e também para ajudar o bom desempenho intestinal. "De nada adianta garantir a ingestão de fibras se ela não beber água. O intestino continuará preso", fala a médica. Água de coco, sucos e chás também podem ser consumidos para garantir uma boa hidratação, mas a água "in natura" (pelo menos, dois litros por dia) deve ser prioridade.




Gengibre: indicado para evitar e combater enjoos porque tem 6-gingerol, que alivia os músculos gastrointestinais. "Basta cortar o gengibre em lascas e mascá-las", fala a ginecologista e obstetra Karen Abrão. Ela também recomenda a ingestão de alimentos secos, frios e sem odor forte, como cenoura crua. A nutricionista Viviane Laudelino Vieira ainda soma à lista outros alimentos cítricos, como abacaxi, limão e morango para trazer alguma sensação de alívio no caso de a gestante se sentir enjoada.



Leguminosas: feijão, grão de bico, soja e lentilha são fontes de ferro, proteínas e fibras. Eles contribuem para a formação dos tecidos e do sangue do bebê.







Turbérculos e raízes: mandioca, batata e mandioquinha, entre outros alimentos do grupo, são importantes porque são fontes de carboidratos, fornecedores de energia para a gestante. "As necessidades energéticas da mulher aumentam cerca de 20% durante a gravidez", diz Viviane Laudelino Vieira, nutricionista da USP.








Cereais: garantem dose extra de energia para a futura mãe. Thaís Ibitinga, nutricionista da Santa Casa de São Paulo, afirma que é bom que o corpo seja abastecido com esses alimentos para evitar que ele pegue energia de gorduras e proteínas, deixando esses itens para serem usados para o desenvolvimento da criança no útero da mãe.









Gorduras saudáveis: o organismo precisa de azeite de oliva, nozes e castanhas, fontes de gordura boa, para a formação do sistema nervoso do bebê.















Consumo moderado


Café: por ser rico em cafeína, aumenta o risco de abortamento e pode causar diminuição do peso fetal se consumido em excesso. Por isso, quanto menos, melhor. A ginecologista e obstetra Karen Abrão recomenda restringir a ingestão: duas xícaras pequenas por dia, caso a mulher tenha o costume de consumir a bebida. Outros alimentos ricos em cafeína, que por isso também devem ser consumidos com moderação: chá mate, chá preto e refrigerantes à base de cola.



Chocolate: se consumido em excesso, Thaís Ibitinga, nutricionista da Santa Casa de São Paulo, afirma que o doce pode ajudar na formação de gases e provocar cólicas na gestante, porque é composto por açúcares que o intestino tem dificuldade de processar.





Adoçante: embora não exista comprovação científica categórica, há sérios indícios considerados pelos médicos sobre os adoçantes à base de sacarina e ciclamato. Eles devem ser eliminados do cardápio porque podem causar problemas de desenvolvimento no bebê e até provocar o surgimento de cânceres futuros. Por sua vez, o aspartame e a sucralose são adoçantes liberados para consumo moderado e com aval médico depois da 12ª semana de gestação (período em que a formação dos órgãos do bebê já terminou), de acordo com a ginecologista e obstetra Karen Abrão.










Sal: o ingrediente tão comum na culinária brasileira deve ser usado com moderação porque faz o organismo reter líquido e inchar, e a gravidez é um período em que a retenção acontece naturalmente. Além de usar menos sal na hora de temperar a comida, Viviane Laudelino Vieira, nutricionista da USP, recomenda diminuir os temperos industrializados, que também contêm muito sal.




Farinha branca: "se consumida de modo excessivo, altera a taxa de glicemia do sangue e com isso abre espaço para o desenvolvimento da diabetes gestacional, que torna a gravidez de risco", afirma Thaís Ibitinga, nutricionista da Santa Casa de São Paulo.









Linguiças e salsichas: ricas em sódio, fazem o organismo reter líquidos e, consequentemente, inchar. "Fazem parte do mesmo grupo macarrão instantâneo, frios, enlatados e alimentos processados", diz Karen Abrão, diretora-adjunta da Escola de Medicina da Universidade Anhembi Morumbi.









Bebidas gaseificadas: além de contribuir para o ganho de peso da gestante, se fizerem parte da alimentação rotineira, podem colaborar para a formação de gases intestinais na mulher, se ela tiver tendência à flatulência, causando desconfortos
















Consumo proibido


Bebidas alcóolicas: embora não existam estudos clínicos que comprovem se a ingestão moderada de álcool faz mal para a criança, os especialistas são categóricos ao afirmar que o consumo deve ser suspenso. "Beber vinho ou outra bebida alcóolica de forma habitual pode provocar problemas no desenvolvimento da criança e desencadear atraso mental, hiperatividade e má-formação", declara Thaís Ibitinga, nutricionista da Santa Casa de São Paulo.











Carnes cruas: "Devem ficar fora do cardápio da gestante durante os nove meses", diz a obstetra Karen Abrão. Segundo a médica, são fontes potenciais para a ocorrência de infecções bacterianas, que alteram a quantidade de líquido amniótico, e para o desenvolvimento de toxoplasmose, doença que pode causar sequelas cerebrais e oftalmológicas no bebê. Por também apresentarem risco de contaminação, devem ser evitados ovos crus ou mal cozidos, mel comprado em locais pouco confiáveis e demais alimentos que não apresentem certificação do Ministério da Agricultura ou do Ministério da Saúde.

[Fonte: mulher.uol.com.br]

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