quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Vida sexual durante a gestação

Esse á mais um tabu sobre a gestante: Evitar as relações sexuais. Isso é um mito!
Veja o que os especialistas falam sobre o assunto.
As transformações físicas, hormonais e emocionais fazem o desejo  
sexual  feminino subir e descer durante os nove meses


Na gestação, o organismo feminino sofre uma série de transformações físicas e emocionais, que variam muito de acordo com o período. Na esteira de tantas mudanças, a libido também pode ficar superinstável.
* Renata Gebara, Ginecologista e obstetra do Hospital Santa Catarina, em São Paulo - “No primeiro trimestre, as alterações hormonais são maiores, há um aumento na produção de corticoides e progesterona. Tudo isso pode afetar a libido, diminuindo o desejo sexual, a  hipersensibilidade mamária, as cólicas e as náuseas, comuns nessa fase, também podem diminuir o interesse sexual".
* Rosa Neme, ginecologista do hospital Israelita Albert Einstein - " A questão emocional interfere muito nisso. Muitas mulheres ficam bastante inseguras nesses primeiros meses, com medo de perder o bebê, o que evidentemente pode atrapalhar na hora da relação”.
* Eduardo de Souza, coordenador científico de obstetrícia e ginecologia do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo - " Um importante componente que influencia na queda da libido é a mudança radical que ocorre no corpo. Muitas mulheres começam a ter medo de que o parceiro não as considere mais atraentes, por causa do aumento de peso ou do aparecimento de estrias, por exemplo. Com isso, acabam se retraindo.”

   No segundo trimestre, é comum que a atividade hormonal se estabilize e que muitos dos medos e resistências do casal já estejam resolvidos. É nessa fase que muitas mulheres redescobrem o desejo sexual e muitas até relatam um aumento na libido, fruto da baixa na ansiedade e da satisfação com o seu novo momento de vida, em que se sentem mais femininas e completas.
   Nos últimos três meses, não é raro que mesmo as mulheres que passaram por toda a gravidez tendo relações regularmente acabem diminuindo o ritmo. O crescimento da barriga e os desconfortos associados ao final da gestação, como o cansaço e as dores nas costas, podem impedir que a vida sexual do casal flua naturalmente. Por outro lado, do ponto de vista psicológico, há um aumento considerável da tensão, em razão da proximidade do parto.
   Casais bem resolvidos, obviamente, têm mais facilidade de administrar todas essas mudanças e, mesmo nos momentos de baixa na libido, conseguem manter a intimidade, trocando carícias e palavras de afeto, independentemente do contato sexual propriamente dito.
   Para Souza, um cuidado importante é que os casais dialoguem bastante durante o período, apoiem-se mutuamente e, no momento da relação, busquem conforto e segurança. “Durante a gravidez, o pai precisa aceitar que quem vai ditar as regras na cama será a mulher. O ideal é procurar sempre as posições mais confortáveis, para que ela realmente se sinta bem.”

Depois do parto

Após o nascimento do bebê, recomenda-se a média de seis semanas sem sexo, tempo que o corpo da mulher leva para voltar às condições normais e se proteger de microorganismos e infecções. Depois de uma cesariana, é importante aguardar o período de recuperação. Se ainda não estiver cicatrizada, dificilmente a mulher conseguirá se soltar e curtir a relação sexual.                                                                                                                                                    Assim que o bebê nasce, ocorre queda das taxas do hormônio feminino e predominância do hormônio que leva à produção do leite. Esse estado geralmente provoca na mulher uma baixa da libido. 
  O mais importante é o diálogo e a parceria entre o casal. Se o seu médico não colocar nada que impeça a relação sexual durante a gestação (o que pode acontecer em casos específicos, gravidez de risco onde há sangramentos), ela é permitida e até recomendada. Optando sempre pelas posições mais confortáveis, que não comprometam o bem-estar da gestante.

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