quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O que fazer quando a febre aparece

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Getty Images

Você percebe que seu filho está quente, coloca o termômetro e logo vem o resultado: ele está com febre. Com a confirmação também aparece um caminhão de preocupações: o que devo fazer? Melhor medicá-lo logo? Será que está doente?
“A febre é amiga. Ela faz parte da defesa do organismo e ajuda a combater os eventuais invasores”, explica a pediatra Silvia Gioielli, de São Paulo. Então, a primeira coisa a ser feita é respirar fundo, acalmar-se e observar o seu filho.
Por se tratar de um quadro em que o organismo da criança está reagindo contra um agente invasor, não há indicação para medicá-lo já no início da febre. Mas existem algumas atitudes simples que você pode fazer para que seu filho se sinta melhor:

- Mantenha-o em repouso, longe de agitação.
- Vista-o com roupas leves.
- Fique por perto para ajudá-lo, observar a evolução da febre e dar muito carinho.
- Mantenha-o hidratado. Dê preferência para água e água de coco.
- Ofereça alimentos como sopa de legumes, arroz e macarrão.
- Para os lanches, sirva bolachas simples de água e sal ou maisena, torradas com geleias de frutas e frutas cozidas ou assadas.
- Banho morno ajuda a baixar a febre e faz com que a criança melhore o mal-estar. Ao contrário das medicações antitérmicas, o banho abaixa a febre de forma gradual, sendo, assim, mais seguro.

Como medir a temperatura?
Use termômetros que são colocados nas axilas (mais confiáveis). Os de mercúrio demoram 3 minutos para verificar a temperatura, os digitais avisam quando a medição está finalizada.

Qual temperatura é considerada como febre?
Estado subfebril: de 37°C a 37,8°C
Febre: de 37,9°C a 38,8°C
Febre alta: acima de 38,9°C

Quando medicar?
Prefira entrar com medicação antitérmica quando a febre ultrapassar 38,8°C ou quando seu filho apresentar muitos sinais de desconforto. Enquanto a criança estiver ativa e bem disposta, apenas acompanhe a evolução da febre. Cuidado para não medicar em excesso ou repetidas vezes — isso pode gerar um quadro de hipotermia além de impedir que o organismo do seu filho reaja contra os agentes invasores.

Mas e a tal da convulsão febril?
Causada pela rápida elevação da temperatura, ela pode acontecer em uma em cada 25 crianças com idade entre 9 meses e 5 anos. “As crianças que estão fora da faixa etária mais comum, que não têm antecedente familiar de convulsão febril ou que nunca tiveram um episódio antes, dificilmente apresentarão um primeiro episódio”, tranquiliza a pediatra. Por isso, se seu filho nunca teve uma convulsão febril, não se preocupe com ela.Se a convulsão febril acontecer, mantenha a calma e procure o pronto atendimento médico. Mas saiba que, na maior parte das vezes, ela é benigna e não traz riscos de vida, nem gera sequelas.

Quando procurar atendimento médico?
“Se, além da febre, seu filho apresentar sintomas como queda do estado geral, irritabilidade extrema (principalmente em bebês), muita sonolência, vômitos, dores de cabeça ou convulsões, procure o atendimento em um pronto socorro”, aconselha Silvia. Se a febre durar mais de 48 horas, procure a orientação do seu pediatra.
No caso de bebês recém-nascidos até 3 meses, vá ao médico logo no primeiro pico de febre. “A febre em bebês também pode ser causada por desidratação ou por aquecimento excessivo (muito agasalho nos primeiros meses)”, alerta a pediatra Thelma Oliveira, em O Livro Da Maternagem (Editora Schoba, 2012), onde assina como Dra. Relva.
Lembre-se sempre de que a orientação do seu pediatra é importante em casos de dúvidas e febre alta.

Alessandra Rebecchi Feitosa

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